Palavra do Dia: #61/2023 – Etarismo
LXI – I – III EL
Sexagésimo Primeiro Dia do Primeiro Ano da Terceira Era Lula
Etarismo. Uma imbecilidade.
Recente caso de três meninas estudantes universirtárias que fizeram um vídeo debochando de uma colega “mais velha” (44 anos) põe na berlinda algo muito velho. Ops, isso é etarismo? Ok, algo muito antigo: o preconceito com base na idade.
E apesar de amplamente difundido como preconceito aos mais velhos, aos idosos, é igualmente forte com relação aos jovens. Jovens e idosos sofrem com o etarism (aqui, por exemplo).
E isso é importante ressaltar: etarismo é com qualquer idade. Muitos veículos da mídia associam etarismo com velhofobia ou somente com pessoas idosas, mais velhas. No fundo, não ajudam a combater o preconceito.
Jovens não conseguem muitas coisas por serem jovens, por não terem “experiência”; mais velhos, idosos, não conseguem muitas coisas por serem “velhos”, por já terem “perdido a capacidade”.
O mundo, salvo raras exceções, parece só funcionar dos 25 aos 45. Mas não parece ser o caso do serviço público, onde pessoas podem trabalhar até os 75 anos. E continuam sendo consideradas produtivas.
O caso das meninas universitárias sequer dá para classificar como etarismo, na minha opinião. Foi tão somente a expressão de uma imbecilidade que toma conta – e cada vez mais, como se fosse um virus – de tantos quantos passam os dias grudados nas redes sociais.
E, para variar, foram a público com zilhões de explicações e desculpas. Esse é um efeito bem estudado, pela ciência, da imbecilidade: fazer merda e depois pedir desculpa (ao público, pois sequer para a ofendida pediram) ou dar explicações as mais estapafúrdias, tipo a que o vídeo tomou “proporções inimagináveis” (aqui), pois era apenas para um grupinho restrito.
Ora, ser para um, para poucos, ou para muitos não retira o que de mais importante tem esse caso: o ato foi produzido, as palavras foram ditas e isso mostra, para um, para poucos ou para muitos, o real caráter dessas meninas: o caráter de gente que não presta. E, pior, ainda pensam que usar a desculpa do vazamento terá o condão de fazer desaparecerem as palavras ditas.
Não, pois as palavras que dizemos são a mais pura representação do que temos por dentro, do nosso caráter. Dizê-las ou não é mera questão de oportunidade. Se não tivesse feito agora, com certeza fariam logo adiante em qualquer outra situação.
E assim como essas meninas, muita gente podre apenas aguarda a oportunidade.
Cancelaram o curso. É o mínimo que poderiam fazer, até porque, seriam expulsas e com isso se resguardam da mancha no currículo, o que apenas representa mais uma jogada de um caráter que não presta. E bem podemos imaginar que profissionais seriam e que tipo de filhos criariam. A fruta não cai longe do pé!
Que se deem tempo para um verdadeiro aprendizado – não o de criar desculpas – mas o aprendizado do caráter.
Não dá para descansar enquanto mais e mais imbecis pensam que podem exercitar livremente a sua imbecilidade.
Esse tipo de gente não pode mais se criar no Brasil. As pessoas precisam entender, definitivamente, que queremos outra sociedade: uma sociedade incluisiva.
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