O roto falando do descosido!
Não sei de quem é a maior cara-de-pau: se da Folha, por ter dado espaço para o FHC, ou se do FHC, pelas opiniões.
“Na essência houve uma condenação por atos malfeitos. Imagino que isso continuará pesando no futuro. Do ponto de vista político, [a aceitação dos recursos] não altera muito”.
“O Supremo tem a noção de que ninguém aguenta mais [o julgamento]”.
“Todo mundo sabe o que aconteceu e é muito difícil que se apague a história”.
“O mais importante que aconteceu nesse julgamento é que [ficou claro que] não há crime sem castigo. Qual o tipo de castigo é um problema que, a meu ver, já não é de tão alta transcendência.”
Três notas:
Nota 1: Definir um julgamento tão somente pela “falta de saco” das pessoas é, no mínimo, leviano. Um julgamento não pode ser pautado pelo tempo, mas pela qualidade jurídica. Qualidade, essa, apontada por diversos juristas – também eles com “notório saber jurídico” – como faltante no caso.
A pressa atende aos anseios de uma população já cansada?
Não! Já restou mais que provado que a pressa atende somente aos interesses políticos de quem, na falta de projetos alternativos concretos para o país, só terá, como trunfo, o apontamento, no horário eleitoral, que o PT é O partido de políticos condenados e presos. Será uma verdadeira arma química nas mãos da mídia, que se fartará, ao longo do final de 2013, e por todo 2014 até as eleições, com a divulgação de toda sorte de notícias e imagens dos “corruptos presos”.
E disso a população não se cansará, por óbvio. Tendo seu ódio classista bem alimentado diariamente, saberá corresponder a quem o alimenta.
Nota 2: Sim, todos sabemos o que aconteceu. Parece que somente o FHC parece não lembrar daquilo que sabe sobre o seu governo. Parece ter esquecido com quantos reais se compra uma reeleição. Parece não lembrar do que aconteceu em Minas Gerais.
Para um “imortal”, FHC convenientemente pensa que a história há de apagar “o que aconteceu” no seu governo.
Nota 3: Realmente, não há crime sem castigo. Das poucas vezes em que o vi dizer algo que faça sentido ultimamente: há de chegar o dia dele e de todos quantos estiveram com ele nos crimes cometidos na “Era FHC”.
FHC é um imortal que vai se despedindo da vida da pior maneira possível. Perde a oportunidade de afastar a “hypocrisis” com a qual se travestiu desde que foi comprado pelo neo-liberalismo e pela mídia.
Que ele é roto, todos sabemos!
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