Etanol
O tema “etanol” segue na pauta. Impõe-se a leitura. Há opiniões para todos os lados: a favor, contra e os que são “nem tanto…”. Selecionei alguns textos que li essa semana. Leiam. Afinal, informação ainda é o melhor meio de defesa do meio ambiente, por mais que possa parecer cansativo.
As contradições do etanol
Trecho:
“Já os impactos ao meio ambiente estão sendo ignorados pelos que defendem a substituição do peltróleo pelo álcool combustível como medida para reduzir o aquecimento global. Um dos processos de produção mais comuns é a queima da palha do canavial, para facilitar o corte manual e aumentar a produtividade do cortador de cana. Essa prática reduz custos de transporte e aumenta a eficiência das moendas nas usinas. No entanto, a queima libera gás carbônico, ozônio, gases de nitrogênio e de enxofre (responsáveis pelas chuvas ácidas) e provoca perdas significativas de nutrientes para as plantas, além de facilitar o aparecimento de ervas daninhas e a erosão. Como opção às queimadas, responsáveis por boa parte das mortes dos cortadores por meio da inalação de gazes cancerígenos, a mecanização pode ser extremamente prejudicial ao solo, pois o comprime, não permitindo a entrada de oxigênio.”
leia todo o texto completo:
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/as-contradicoes-do-biocombustivel
O mito dos biocombustíveis
Trecho:
“A propaganda do “combustível verde” ou “energia limpa” tem sido amplamente difundida no Brasil. “Usados em substituição aos derivados de petróleo, tanto o etanol quanto o biodiesel se convertem em ferramentas capazes de deter o aquecimento global”, afirma texto da revista Globo Rural (Novembro, 2006).
Por outro lado, já existem diversos estudos que contradizem essa idéia. Especialista em genética e bioquímica, a professora Mãe-Wan – Ho, da Universidade de Hong Kong, explica que “os biocombustíveis têm sido propagandeados e considerados erroneamente como ´neutros em carbono´, como se não contribuíssem para o efeito estufa na atmosfera; quando são queimados, o dióxido de carbono que as plantas absorvem quando se desenvolvem nos campos é devolvido à atmosfera. Ignoram-se assim os custos das emissões de CO2 e de energia de fertilizantes e pesticidas utilizados nas colheitas, dos utensílios agrícolas, do processamento e refinação, do transporte e da infra-estrutura para distribuição”. Para a pesquisadora, os custos extras de energia e das emissões de carbono são ainda maiores quando os biocombustíveis são produzidos em um país e exportados para outro.”
Leia o texto completo:
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/o-mito-dos-biocombustiveis
Etanol: combustível da exploração do trabalho no campo
Trecho:
“Crescem os negócios e diminuem os direitos. O argumento dos empresários e dos países ricos para o aumento da produção do etanol é o de aliviar, de uma só vez, dois grandes males do século 21: a escassez do petróleo e o efeito estufa. Além das contradições deste discurso (leia mais aqui), essa proposta não parece nada “sustentável” do ponto de vista da situação dos “corta-cana” – trabalhadores dos canaviais. “Historicamente, a produção de açúcar está associada com o trabalho escravo de índios e negros”, afirma Plácido Júnior, coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Pernambuco.”
Leia o texto completo:
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/etanol-combustivel-da-exploracao-do-trabalho-no-campo
Etanol o mundo quer. O Brasil tem
Trecho:
“O álcool entrou na agenda de governantes, empresas de tecnologia e, principalmente, de investidores interessados nas grandes oportunidades que o setor tende a oferecer daqui para a frente. O homem mais rico do mundo, Bill Gates, fundador da Microsoft, comprou 25% da Pacific Ethanol para produzir álcool de milho nos Estados Unidos. Especula-se que Gates esteja prestes a concretizar a aquisição de uma usina de etanol no Brasil. Larry Page e Sergey Brin, do Google, estiveram em janeiro no interior de São Paulo para conhecer a produção local e analisar oportunidades. Outro bilionário, o investidor húngaro George Soros, fechou em fevereiro a compra da usina Monte Alegre, em Minas Gerais. Em 2006, o setor de etanol deve receber investimentos de 9,6 bilhões de dólares, entre construções de novas usinas, aquisições e expansões.”
Leia o texto completo:
http://portalexame.abril.uol.com.br/revista/exame/edicoes/0870/negocios/m0082575.html
Etanol é ´ameaça disfarçada de verde´, dizem ambientalistas
Trecho:
“Metade da matéria-prima utilizada pela União Européia para produzir biocombustível é originária do Brasil, ele afirmou. Em 2005, o país exportou 50% das 538 mil toneladas de óleo de soja e palmeira que a UE comprou para este fim.
“Não entendemos o entusiasmo brasileiro em relação aos biocombustíveis, porque o Brasil tem grande experiência no tema, e conhece os efeitos negativos de uma má gestão da selva amazônica, que é um patrimônio da humanidade”, disse Kucharz.”
Leia o texto completo:
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/abr/19/124.htm
https://www.escosteguy.net/etanol/energia alternativaFaça a sua partePolíticasustentabilidadeO tema 'etanol' segue na pauta. Impõe-se a leitura. Há opiniões para todos os lados: a favor, contra e os que são 'nem tanto...'. Selecionei alguns textos que li essa semana. Leiam. Afinal, informação ainda é o melhor meio de defesa do meio ambiente, por mais que possa parecer...Luiz Afonso Alencastre Escosteguy [email protected]AdministratorEscosteguy
Postei sobre o biodisel ? base de microalgas, que ? uma alternativa ?queles obtidos a partir de oleaginosas respeitando mais o meio ambiente, como parte do compromisso da Id?ia 38 do Dia da Terra aqui do “Fa?a a Sua Parte”.Seria como um complemento a este teu post ao qual fa?o refer?ncia no meu. Um abra?o.
nossa não sabia disso…Propaganda sempre temos que questionar…
De repente parece que o biodiesel vai resolver todos os problemas do mundo. Não sei até que ponto todo esse carnaval sobre os biocombustíveis por parte do governo brasileiro é apenas um modo obtuso de buscar soluções, ou se o que estão levando por fora paga toda essa festa.De qualquer forma, o post está bem abrangente.
O biocombustível é uma alternativa à escassez de petróleo, mas em relação ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável, muitos problemas (como o tratamento dos rejeitos e o transporte) devem ser resolvidos antes que ele se torne uma solução adequada. Bela coletânea de artigos, dá uma boa visão global.