Entre a ficção e a realidade
Ano passado escrevi sobre a minha morte e várias pessoas acreditaram que eu realmente estava por morrer. Recebi diversas mensagens de “força!”.
Ouço, quase que cotidianamente, que me expresso de forma tão séria e incisiva, que é difícil distinguir o que seria uma ficção de uma realidade naquilo que falo ou escrevo.
Devo confessar que essa reação me agrada. E olha que não sou jornalista da mídia oligárquica, os mestres em fazer da ficção a realidade.
Claro que isso me causa inúmeros problemas. Quando resolvo fazer uma brincadeira, ou mesmo dizer algo como brincadeira, sou invariavelmente levado a sério.
E passo a vida dizendo, “mas foi brincadeira, gente!”. Tarde demais!
Imagino – e digo imagino, pois não sou escritor para ter certeza – que todo bom escritor saiba que o componente fundamental de uma história é dar aos personagens veracidade.
Identificação. Sentir-se igual. Diria que é mais que o sentimento de igualdade, é ser igual. A tão falada, divulgada, propalada e muito menos praticada empatia.
Um bom escritor, creio, é alguém que vence esse medo. Cito escritor, mas é aplicável a compositores, poetas, letristas, artistas, músicistas e aos tantos corajosos que conseguem colocar para fora a empatia, ficção ou realidade.
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