BRASÍLIA, DF, 17.04.2013: PROMESSÔMETRO/DEM – O presidente e do líder do DEM na Câmara, senador José Agripino Maia (DEM-RN), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), durante apresentação do “promessômetro”, com um levantamento mostrando que o governo de Dilma Rousseff não entregou 74% das promessas previstas para 2011 e 2012. (Foto: Pedro Ladeira /Folhapress)

– Doutor, com todo respeito, mas o senhor é, no mínimo, 30 anos mais moço que eu. Logo, não deve conhecer o que significa a expressão cafajeste.

Permita-me que lhe explique, em poucas palavras, que dizer que alguém é um cafajeste não significa, ao menos quando o politicamente correto não estava em voga, uma ofensa a qual se possa atribuir o caráter de criminal.

Antes, cafajeste é, segundo os grandes mestres da Língua Portuguesa, um indivíduo “inútil, sem préstimo. 3 Vagabundo, valentão. 4 Biltre.” (Michaelis)

Ora pois, doutor, um senador que nada faz em seu mandato não passa de um inútil, um “sem préstimo”. Para dizer o mínimo, um “vagabundo”.

E mais, se me permites, alguém que vive de bravatas contra o governo, nada mais tenta parecer do que ser um “valentão”.

Ainda se me permites, Meretíssimo, biltre, segundo Michaelis – a quem não se pode contestar – significa alguém que é “ordinário, homem desprezível, miserável, tratante, vil.”.

Veja bem, doutor, chamar alguém de ordinário, desprezível, miserável, tratante e vil” em nada poderia ser aplicada a tese de ofensa à dignidade, quanto mais não seja pelos seguintes fatos a todos notórios:

– desprezível, posto que nada faz que o torne prezado;

– miserável o julgo de espírito e nisso não posso ser julgado, posto que meus julgamentos pessoais fogem da alçada judicial;

– tratante está mais que provado por sua atuação no senado da República. Considerado, inclusive por seus pares e pela mídia que o defende, como o pior senador da história republicana do Brasil.

– Vil?

– Perdoe-me, Excelência, mas apenas para que conste nos autos, vil é uma pessoa “de pouco valor; que se compra por baixo preço”.

– Essa é a questão. Não se trata de dinheiro. O demandante é uma pessoa que se vende por pouco dinheiro. O preço dele é o poder. E poder não tem preço. Vale qualquer vileza.

Creio, por fim, doutor, que está mais do que demonstrada a razão pela qual chamei – e seguirei chamando, esse senhor, Aécio Neves, de o segundo maior cafajeste que esse país já conheceu.

Depois, é claro, do Lacerda.

E veja, até nisso ele perde…

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