Dia do Palhaço ou Dia do Brasileiro?

Façamos um pequeno exercício: tiremos Aécio Neves da história. Junto com ele tiramos todos os pedidos de impeachment e, inclusive, este que o cafajeste do Cunha aceitou. Não teríamos panelaços, passeatas, o ódio e tudo mais. E não esqueçamos das ações promovidas pelo PSDB no TCU e no TSE. Não podemos afirmar que estaríamos vivendo um mar de rosas político, mas com certeza até o programa de ajuste fiscal do governo sofreria menos “bombardeio” ou, quiçá, sofreria apenas com as críticas econômicas. Sequer as pedaladas seriam manchete, pois sabemos que isso é coisa normal em todos os governos, federal e estadual.

Continuemos no exercício. O governo pode ter errado sob a ótica da técnica econômica mas não podemos esquecer que opções de política econômica são definidas, antes de mais nada, por opções político-ideológicas. E os governos Lula e Dilma fizeram exatamente isso: opções político-ideológicas diversas das opções neoliberais rentistas.

Esgotado o plano econômico pelo investimento social e não no mercado rentista, haveria o governo – como foi e está sendo feito – de corrigir rumos.

E vejam que interessante: não houvesse Aécio Neves sido covarde em não aceitar a derrota e hoje estaríamos apenas discutindo economia. E o país seguiria tranquilo apenas com essa discussão econômica.

Repito e reafirmo: tudo o que está acontecendo não estaria caso o Aécio tivesse sido honrado. Encerrem o exercício e verão que está cabalmente provada a minha afirmação:

Hoje é o dia do palhaço, O NOSSO DIA!