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O mês de junho terá sabores especiais: é mês de aniversário, mês de Copa do Mundo e mês em que completo dez anos ininterruptos de blogosfera (dia 22).

Em alguns dos anos passados, punha-me a republicar alguns posts nessa época. Afinal, é tanta gente nova que vamos conhecendo, que julgava oportuno dar a conhecer algo do que tinha feito.

Comentava, também, sobre as pessoas que conheci, sobre como o blog começou  e sobre como o blog possibilitou inúmeras amizades presenciais que persistem até hoje, embora eu seja um Chato de galochas.

Sempre usei O Chato, assim em iniciais maiúsculas, para diferenciar dos que se dizem chatos. E por uma razão muito simples: Chato só existe um: eu; os outros não passam de aprendizes de pentelhos. Quiçá quando tenham dez anos de blogosfera, como eu, possam requerer a possibilidade de herdar o título. Até lá, continuarei a ser o único O Chato!

Pois nesse ano resolvi mudar a comemoração. Dez anos merece uma reflexão diferente. Uma auto reflexão.

E começo dizendo algo que para muitas pessoas pode parecer uma heresia, mas que é, no fundo, a única certeza que adquiri nesses dez anos é que o real espaço de construção de uma nova sociedade é a blogosfera. As chamadas redes sociais não passam de fogo de palha. O carvão que sustenta a fornalha da internet são os blogs.

Redes vão e vêm, “como uma onda no mar”. Já passei por todas elas e posso afirmar com certeza, todas elas passam um dia. E por uma simples razão: as redes (tipo facebook, orkut, twitter, msn, icq, instagram, whatsapp e o escambau) são criadas por alguém para lucro desse alguém. São meras ferramentas de negócio, o negócio dos seus criadores.

Nelas não passamos de meros objetos. E nisso a blogosfera é difere das redes: nos blogs somos sujeitos. Não estamos limitados ao que nos é determinado pelos donos do negócio. Nas redes, eles ditam as regras e nós seguimos ou não; nos blogs, nós ditamos as regras.

É simples!

Por isso minha comemoração de dez anos de blog é, também, uma homenagem aos blogueiros que, assim como eu, sabem que o perene não está nas redes sociais…

Admito que me sinto orgulhoso da minha façanha. Ainda hoje me pergunto como foi que consegui ficar dez anos “no ar”. Dez anos é muito tempo, quando se olha para trás. Poderiam ter sido 3.650 posts. É muita besteira para apenas um ser humano escrever. Claro que não atingi essa marca, mas cheguei perto. E olha que sou bem anterior a tudo isso. Vi nascer a internet…

O Chato nasceu – e é até hoje – um blog estritamente pessoal. Pessoal no sentido da escrita. Não sou jornalista, não sei escrever como jornalistas. Não sou cientista político, não sei escrever como cientistas políticos; não sou cientista, não sei escrever como cientista.

Minha escrita é exatamente o que sou e como sou. Eles simplesmente saem, quase sempre de supetão, sem muita elaboração. Expressam o que sinto e penso na hora em que os escrevo. São, portanto, opinativos. E muitas vezes expressivos. Fortemente expressivos. Sou assim na vida presencial.

E nisso talvez o blog seja apenas um reflexo.

Eis o presente que me dou aos dez anos de blog e que será motivo dessa série: o que, enfim, O Chato (e todos os demais blogs onde escrevo) fez para o Afonso nesses dez anos? E será que o Afonso fez com O Chato tudo o que poderia ter feito?

E como todo bom chato, melhor, como único O Chato, direi: só atire a primeira pedra quem tiver uma experiência como a minha!

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoO mês de junho terá sabores especiais: é mês de aniversário, mês de Copa do Mundo e mês em que completo dez anos ininterruptos de blogosfera (dia 22). Em alguns dos anos passados, punha-me a republicar alguns posts nessa época. Afinal, é tanta gente nova que vamos conhecendo, que julgava...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!