Retrospectiva 2014 – I: das mortes
O ano foi de muitas mortes. Como todo ano o é. Mas esse, em especial, parece ter atingido mais famosos que anos anteriores.
Entre as mais e as menos impactantes, de brasileiros ou estrangeiros, guardei um certo sentimento incômodo com a morte (suicídio) de Robin Williams.
A ironia, por vezes, se faz fina. Uma coisa é o cara de Velozes e Furiosos ter morrido em um acidente de automóvel; outra foi Robin ter se suicidado.
Como muitos por aqui, acompanho Robin desde o início. Questão de “geração” (pra não dizer idade).
E era um conforto saber que íamos envelhecendo junto com um cara que sabia envelhecer, ao menos nos filmes. Era como se ver Robin nos tornasse imunes à idade.
Mas ele nos disse algo muito mais doloroso e difícil de lidar: a idade também é doença, também é incapacidade, também é o fim da vida em plena vida.
O que ele nos disse (para mim, claro), ao ter coragem de tirar a própria vida, é que não é a morte que nos mata, mas a vida.
Nascemos, somos criados e nos desenvolvemos pensando que somos seres de plena capacidade. Até o momento em que descobrimos nossas fragilidades.
Robin me fez e me faz pensar muito. Das mortes de 2014 foi a que mais me tocou.
https://www.escosteguy.net/retrospectiva-2014-i-das-mortes/O ChatoO ano foi de muitas mortes. Como todo ano o é. Mas esse, em especial, parece ter atingido mais famosos que anos anteriores. Entre as mais e as menos impactantes, de brasileiros ou estrangeiros, guardei um certo sentimento incômodo com a morte (suicídio) de Robin Williams. A ironia, por vezes, se...Luiz Afonso Alencastre Escosteguy [email protected]AdministratorEscosteguy