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O ano foi de muitas mortes. Como todo ano o é. Mas esse, em especial, parece ter atingido mais famosos que anos anteriores.

Entre as mais e as menos impactantes, de brasileiros ou estrangeiros, guardei um certo sentimento incômodo com a morte (suicídio) de Robin Williams.

A ironia, por vezes, se faz fina. Uma coisa é o cara de Velozes e Furiosos  ter morrido em um acidente de automóvel; outra foi Robin ter se suicidado.

Como muitos por aqui, acompanho Robin desde o início. Questão de “geração” (pra não dizer idade).

E era um conforto saber que íamos envelhecendo junto com um cara que sabia envelhecer, ao menos nos filmes. Era como se ver Robin nos tornasse imunes à idade.

Mas ele nos disse algo muito mais doloroso e difícil de lidar: a idade também é doença, também é incapacidade, também é o fim da vida em plena vida.

O que ele nos disse (para mim, claro), ao ter coragem de tirar a própria vida, é que não é a morte que nos mata, mas a vida.

Nascemos, somos criados e nos desenvolvemos pensando que somos seres de plena capacidade. Até o momento em que descobrimos nossas fragilidades.

Robin me fez e me faz pensar muito. Das mortes de 2014 foi a que mais me tocou.

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoO ano foi de muitas mortes. Como todo ano o é. Mas esse, em especial, parece ter atingido mais famosos que anos anteriores. Entre as mais e as menos impactantes, de brasileiros ou estrangeiros, guardei um certo sentimento incômodo com a morte (suicídio) de Robin Williams. A ironia, por vezes, se...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!