LIV – I – III EL

Quinquigésimo Quarto Dia do Primeiro Ano da Terceira Era Lula

Vaca. Adjetivo. Diz-se de determinada ex-primeira-dama.

Das poucas e gratas lembranças que tenho da infância, quiçá a que mais me emociona até hoje era o aprendizado de novas palavras.

Ficava encantado a cada nova palavra que ouvia e imediatamente queria saber o que significava. Dá pra imaginar a dificuldade de uma criança em plenos anos 60. Ou perguntava para algum adulto, em geral o que a havia pronunciado, ou recorria ao “amansa burro”. O amansa burro e a Barsa eram itens obrigatórios nas casas (as que podiam comprar, claro. A Barsa era vendida em “suaves prestações”).

Algumas, várias na verdade, eram absolutamente proibidas e quando algum adulto deixava escapar alguma delas na presença de crianças, imediatamente desaparecia a invisibilidade com que éramos, as crianças, tratadas naquela época.

Uma dessas palavras, lembro até hoje e a uso exatamente no sentido que era proibido, foi VACA.

Recordo que meu pai dizia que a pior ofensa que se poderia dirigir a uma mulher era chamá-la de vaca. Expressões tipo “sua vaca” jamais poderiam ser usadas por quem não fosse adulto.

Quando ouvi pela primeira vez sendo usada, com a entonação devida, percebi, mesmo sem entender, que era algo muito grave.

Meu pai nunca me explicou o porquê de chamar uma mulher de vaca era assim tão ofensivo. Quando morreu eu ainda era “de menor”. E a bem da verdade, até hoje não sei. Mas uso. Quando quero xingar uma mulher que tenha feito besteira no trânsito, abro a janela e berro “sua vaca!”

Dia desses esqueci que a minha filha mais velha estava junto no carro e lasquei um “sua vaca”, daqueles berros bem gostosos, com toda a carga de ofensa. Ela, assustada e profundamente chateada comigo, perguntou: por que chamar uma mulher de vaca desse jeito?

Contei essa história, lembrando que havia aprendido que era o pior insulto para uma mulher. Continuou chateada comigo. Talvez esteja até hoje.

Essa senhora, uma inútil por quatro anos, agora quer “aparecer”. Segue divulgando fake news, segue na senda da podridão que é a família do marido, e segue na pretensa ilusão de herdeira política. Bons “elogios” não seriam suficientes para dirigir a essa coitada. Mas lembrei de um perfeito.

E não preciso entender, como até hoje não entendo, a razão do uso da expressão. Basta que ela entenda que é uma vaca.

Pois bem, se eu cruzasse com essa determinada ex-primeira-dama não hesitaria em lançar um sonoro e, como se diz, em alto e bom tom: SUA VACA!

Mas como sei que nunca, nessa vida, isso vai acontecer, fica aqui o registro: SUA VACA!”

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