O Natal do Faça! – Vencedor
Ontem, às 21:00h, horário de verão, na “Mui Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre”, foi realizado o sorteio do Natal do Faça!. Não foi possível filmar, conforme prometido, mas tiramos fotos de todas as etapas. Assim, aí estão todos os participantes:
Após, foram todos devidamente dobrados e colocados no gorro do Papai Noel, que, segundo consta, é pessoal da mais alta confiança:
Para tirar o vencedor, nada melhor que a inocência e a pureza de uma criança:
A alegria contagiou até mesmo a Condessa, ao abrir o nome sorteado:
Por fim, o vencedor. Na verdade, a VENCEDORA:
Taís Vinha, do blog “OMBUDSMÃE“.
(Taís, por favor mande-nos um e-mail (facaasuaparte ARROBA gmail PONTO com) com o endereço para que possamos enviar o livro)
A todos os participantes nosso muito obrigado. E que este pequeno repensar o Natal se multiplique.
Eis o post que ela fez:
“Fui convidada pela Silvia Schiros a participar de um post coletivo do Faça a Sua parte promovendo o renascimento do Natal e sugerindo dicas de presentes ecológicos. Quem frequenta a blogsfera se surpreende com a quantidade de pessoas discutindo o Natal. Uma data tão significativa, que se transformou no grande mico do ano.
Acordei na madruga dando o “download” numa idéia. Acho que foge um pouco da proposta do Faça de sugerir presentes ecológicos, mas repensa o Natal. Portanto, ei-la!
A primeira coisa seria minimizar o Papai Noel da Coca-Cola. Esse velhinho obeso, gastador, que nos estimula a comprar, comprar e comprar e que está, desde o final de novembro, molhado de suor, em TODOS os shoppings centers. Desculpe, bom velhinho, mas você ficou over. Não tem mais nada a ver com os tempos que vivemos. Acabou a magia.
O que vai salvar o Natal, é voltarmos ao principal sentido da festa no mundo ocidental: celebrarmos o nascimento do Cristo. Não o Jesus religioso, que morreu pelos pecadores e que faria você parar de ler este texto bem aqui. Não é desse Jesus que falo. Temos que resgatar o Jesus revolucionário. O ecologista. O maluco beleza que, há 2000 anos, abalou as estruturas da Roma perdulária e cheia de vícios, com suas idéias de vida simples. De amor ao próximo. De comunhão com a natureza.
Temos que resgatar o barbudo que disse que somos todos uma só família. Todos habitantes do mesmo planeta Terra. Eu, você que está me lendo, o feirante, o doutor, o agricultor, o catador de papel. E que as diferenças impostas pela sociedade são cruéis e fonte da maioria dos nossos problemas.
Temos que resgatar o homem que, ao ver que a comida não dava para todos, dividiu-a. E, ao invés de uns poucos comerem muito, todos comeram um pouco. O homem magro, de modos frugais, que se satisfazia com frutas, grãos, mel, peixe (talvez) e um vinhozinho de vez em quando, porque ninguém é de ferro. E não com leitões, cabritos, tenders, chesters, lombos, picanhas – geralmente, todos juntos na mesma ceia.
Temos que reviver as idéias do sujeito que introduziu o conceito de vida simples no ocidente. E praticou-a todos os dias em que viveu. Aquele homem que vivia apenas com o necessário, pois acreditava que os únicos bens que devemos acumular, são os valores que levamos dentro de nós. Que expulsou os mercadores do templo, pois uma coisa são valores da alma. Outra são os do dinheiro. E feliz é quem consegue diferenciá-los.
Renascer a alegria de um homem que vivia rodeado de amigos, que amava os animais, que viajava, que era carinhoso e benevolente com todos. Principalmente, com aqueles que erravam (isso me dá um alento, que nem te conto!).
Neste Natal, tenho pensado muito nisso. Pensando no aniversariante que, quando estudado livre das amarras e preconceitos da religião, revela-se um grande visionário. Um líder transformador, que parecia antever a encrenca que 2000 anos depois nos enfiaríamos. Em tempos de simplicidade voluntária e consumo consciente, não vejo ninguém melhor para seguirmos.
Que este ano, a gente consiga plantar a sementinha de um Natal verdadeiramente Cristão. Um Natal “menos” em tudo o que é material. E “mais” em alegria, risadas, comunhão com aqueles que amamos, divisão e confraternização. Um Natal com menos sobras. Nas lixeiras, na geladeira e nas parcelas do cartão de crédito. Essa é a minha sugestão. Um Feliz Natal para você e para todos nós! ” Taís Vinha.
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