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Vivo estarei até o justo momento anterior em que morto esteja.

O que, salvo melhor juízo, significa que sequer concluir e publicar esse post eu poderei. Estão lendo? Ótimo! Sinal que vivi o suficiente para publicá-lo! Mas nada me garante que estarei vivo em 22 de junho de 2014. E por não poder, infelizmente, garantir esse evento, resolvi garantir, por antecipação, a comemoração.

Sim, pasmem, sou anterior às redes sociais, essa coisa moderna que ajuda as pessoas a não precisarem de memória; onde as pessoas só existem a partir do momento em que se cadastram e, para os outros, a partir do primeiro “curtir”, ou do primeiro “RT” (nem lembro mais como era isso nos tempos do Orkut).

Assim como todos temos uma história presencial, muitos têm uma história virtual também. E não é para me gabar, mas 10 anos mantendo um blog, não é uma história para ser jogada fora, assim sem mais nem menos, só porque o blogueiro “desapareceu”…

Em 22 de junho de 2004, nasce D. Afonso XX, O Chato. D. Afonso, como todo Rei, tem também um epíteto, O Chato. E, por antigo nas lides virtuais, tonou-se único. Ninguém conseguiu registar, até hoje que eu saiba, o “nick” O Chato, nas redes sociais. É como sempre digo, “O Chato” só existe um, eu. O resto é aprendiz de pentelho.

Criado no blogspot (http://www.afonsochato.blogspot.com.br/), em um ano já estava hospedado em uma das maiores e melhores comunidades de blogueiros que esse país já teve: a Verbeat, hoje extinta. A ida para a Verbeat também marcou o nascimento do logo que acompanha o blog até hoje.

“Mas o que é bom se termina, cumpriu-se o velho ditado”, diz a poesia gauchesca de Jayme Caetano Braun. Anos e anos de uma intensa convivência na blogosfera, transformada em muitas amizades pessoais, em novas participações em grupos, como o também famoso blogleft e, posteriormente, participar do “Faça a sua parte” (http://facasuaparte.info/), um blog pioneiro na defesa da conservação do meio ambiente até hoje. Pasmem! Muito antes de muitos dos atuais “defensores” do meio ambiente, D. Afonso XX, O Chato, já escrevia na internet. A própria expressão “faça a sua parte”, que hoje todo mundo repete, nasceu com esse blog, autoria que foi dos grande amigos Lucia Malla e Alan Robert PJ.

A Verbeat (http://www.verbeat.org/adeus/) passou, assim como passamos todos nós. E, também, de uma hora para outra. A Verbeat é história para uns tantos capítulos dessa comemoração antecipada.

Mas não tá morto quem peleia, diz outro velho ditado. O Rei se foi? Viva o Rei! Sabedor do ocaso da Verbeat, uma das mais lindas pessoas que habita essa terra,Rafael Reinehr , convidou O Chato para se hospedar em outro grande portal da internet brasileira: O Pensador Selvagem (http://opensadorselvagem.org/). Não apenas o blog, mas a oportunidade de criar uma coluna diretamente no portal. Nasce “Hypocrisis” (http://opensadorselvagem.org/vida-e-estilo/hypocrisis/). Daqui a dois dias, em 10/10, completo três anos de “O Pensador Selvagem”.

Mas por que essas lembranças, que parecem se estenderão (e se estenderão), fazendo jus a que digam “putz, que Chato esse cara!”? Porque O Chato vai mudar novamente. Diversos problemas técnicos têm mantido O Chato fora do ar há mais de dois meses.

A mudança é uma constante na vida d’O Chato. E antes que ele mude dessa para outra, vou comemorar seus dez anos, mesmo que antecipadamente. Afinal, comemorar coisas antecipadas faz parte de ser O Chato. O resto é ser aprendiz de….

Houve um dia em que “D. Afonso XX, O Chato” tornou-se apenas “ochato”. E houve em dia em que tive que matá-lo. Mas não adianta, quem nasce para ser pentelho, jamais chegará a ser O CHATO! o Chato não morreu… Ainda…

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoVivo estarei até o justo momento anterior em que morto esteja. O que, salvo melhor juízo, significa que sequer concluir e publicar esse post eu poderei. Estão lendo? Ótimo! Sinal que vivi o suficiente para publicá-lo! Mas nada me garante que estarei vivo em 22 de junho de 2014. E por...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!