O caso da propaganda, do Augusto Maurer
O Augusto, em seu segundo post sobre propaganda, termina dizendo que “Por tudo isso, acho que teremos cada vez mais fluxo publicitário em canais de entretenimento. Tanto na TV como na web”.
Acrescento algo que ele talvez não tenha lembrado enquanto escrevia: os blogs e os cada vez mais numerosos portais/blogs de jornalismo independentes.
Recordo que escrevíamos no portal O Pensador Selvagem e que este era mantido, em parte, pela propaganda. Mas éramos um portal de pensadores e não de jornalistas. Não tínhamos – como ainda hoje não temos – a “obrigação” de dar notícias de uma forma que faça contraponto ao mainstream oligárquico.
São blogs/portais profissionais, muitos dos quais sustento de seus autores que acabam por depender, em boa medida, da propaganda que veiculam.
Coloco a questão apenas para apontar que temos essa terceira via de sobrevivência da propaganda. Mas volto a questão central que ele colocou no primeiro post,
“A publicidade de bens e serviços comerciais não passa da faceta mais visível de um modelo econômico fundado sobre a competição pela produção e comercialização de bens em excesso e a custos reduzidos.”
para perguntar: por que todo mundo sabe que a galinha coloca ovos e da pata não?
Simples: porque a galinha canta depois que os coloca e a pata não.
Coloco isso para dizer que a propaganda, como conceito, não carrega, em si, necessariamente, algo de ruim. Mesmo em modelos alternativos de economia ela existe e se faz necessária.
A questão que deve ser debatida, a meu ver, está implícita na frase do Augusto: se analisarmos o ciclo da “produção e comercialização de bens em excesso e a custos reduzidos”, propaganda não serve para nada, além de desviar a atenção.
O excesso e as chamadas externalidades (meio ambiente) serão absorvidos por ações governamentais, sob a ameaça dos “custos reduzidos” (muito conhecido. também, como desemprego). Daí a pressão dos beneficiários da propaganda (mídia) para que tenhamos governos sempre submissos aos interesses dos que produzem o lixo que sobra.
Por fim, o pior de tudo isso é, como coloquei no início, que temos uma grande quantidade de gente “digital” que começa a viver de propaganda….
Imagem do post do Augusto:
http://impromptu.sul21.com.br/…/da-propaganda-ii-o-parente…/
https://www.escosteguy.net/o-caso-da-propaganda-do-augusto-maurer/O ChatoO Augusto, em seu segundo post sobre propaganda, termina dizendo que 'Por tudo isso, acho que teremos cada vez mais fluxo publicitário em canais de entretenimento. Tanto na TV como na web'. Acrescento algo que ele talvez não tenha lembrado enquanto escrevia: os blogs e os cada vez mais numerosos...Luiz Afonso Alencastre Escosteguy [email protected]AdministratorEscosteguy