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As razões para não votar em Ana Amélia Lemos merecem vários posts…

Para quem não é do Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos é senadora pelo Partido Progressista (PP) e candidata ao governo no RS pela coligação “Esperança que Une o Rio Grande”, formada pelos partidos PP, PSDB, SDD e PRB.

1. Tenho verdadeira ojeriza por quem usa números de forma mentirosa apenas para angariar vantagens para si.

Ana Amélia Lemos faz isso. Em entrevista ao jornal Metro, dia 18 de agosto, a candidata começa estabelecendo os servidores públicos como sendo sua prioridade, a ponto de o entrevistador perguntar “Não tem assunto mais urgente então?”.

Até aí, postura padrão. A culpa de tudo é dos servidores, nunca dos “agentes políticos”. O pior vem em seguida. A culpa é dos CCs.

Quem me acompanha sabe que sou visceralmente contra a existência de CCs (Não existe CC competente!), embora tenha sido CC e já tenha chefiado CCs. Mas as razões são muito diferentes das razões que a candidata aponta.

A questão é outra. A candidata Ana Amélia diz: “Eu penso que ao reduzir CCs é um sinalizador de economia […] E por que a sociedade fica feliz quando você diz que vai cortar CCs? Porque ela está achando que está um exagero 6 mil CCs.”

E segue: “É demais! Temos de reduzir, cortar 5 mil CCs de cara!”

MENTIRA número um: não existem 6 mil CCS no Poder Executivo. É bravata para engambelar inocentes.

A candidata – ou seus aparentemente inúteis assessores – sequer se deram ao trabalho de consultar o portal da transparência do governo.

Existem 6444 vagas providas no quadro de funções do estado. O detalhe que ela omite é que dessas vagas, 3398 são de Funções Gratificadas, ou seja, 52,7% das vagas de funções são “FG” (os CCs, 2134, representam 33,12% do quadro de funções e somente 1,39% do total de servidores em exercício).

Ou a senadora demonstra um enorme desconhecimento do que sejam as funções gratificadas – o que já aponta razões para não ser uma boa administradora pública – ou, o que é pior, segue usando de mentiras para fazer valer a gana de ganhar o governo.

Mas vamos explicar para ela: função gratificada é APENAS E TÃO SOMENTE para servidores CONCURSADOS que exerçam funções não previstas, por lei, no cargo. São funções tradicionalmente conhecidas como de Direção (chefia) e Assessoramento Superiores, que a Constituição veda sejam entregues a servidores não concursados.

Quando a candidata Ana Amélia diz que vai cortar 5 mil CCs, está dizendo que vai cortar a FG dos servidores estáveis?

MENTIRA número dois: existem (aqui) 153.609 servires concursados no estado (o número de vagas criadas é bem maior: 298.742) . Em relação a esse número, os CCs representam apenas 4,20%.

Quer a candidata Ana Amélia dizer que tão somente 4% dos servidores são sinalizadores de economia? Melhor, apenas 1,39% dos servidores são responsáveis pelas mazelas do RS?

É muita mentira em pouco espaço de jornal ou em propaganda política. Essa senhora demonstra total desconhecimento (ou se faz para passar bem na opinião pública) do que seja o serviço público executivo.

Passa, de antemão, recibo de inidoneidade para administrar um estado, quando tem por propostas resolver questões com a demissão “de cara”, de gente que sequer é CC.

É um modelo que não me serve. E não deveria servir para mais ninguém!

(segue…)

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoAs razões para não votar em Ana Amélia Lemos merecem vários posts... Para quem não é do Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos é senadora pelo Partido Progressista (PP) e candidata ao governo no RS pela coligação 'Esperança que Une o Rio Grande', formada pelos partidos PP, PSDB, SDD...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!