Crítica da Imbecilidade Pura.
Vejo-me obrigado a adaptar um dos títulos mais importantes que a humanidade já produziu.
Em tudo, por tudo e sobretudo, esse texto do colunista Rodrigo Constantino, “analisando” posições do papa Francisco, é o auge da imbecilidade.
Imbecilidade no sentido mais puro da razão. Diz, de si, que é um especialista. E que desde Adam Smith a especialidade é algo muito importante. Tão importante que os próprios especialistas criaram a regra de que somente especialistas podem falar sobre coisas eles mesmos definiram como sendo especiais. E definiram como dogma que somente especialistas em capitalismo e economia podem falar do capitalismo e da ciência criada para sustentá-lo.
Constantino supera Kant quando resolve a grande questão filosófica “O que podemos saber”, ao declarar que ” Por isso é bom ter cuidado quando for opinar sobre temas que fogem da área de atuação. Cada macaco no seu galho. É um bom conselho para o Papa Francisco.”
Vejamos a técnica. O título cita o papa Francisco. Em seguida, tece até comentários elogiosos ao papa, dizendo-se ter sua simpatia conquistada. Em português chulo dizemos: lambeu!
Nos três parágrafos seguintes resume a teoria. Mas a teoria de quem? Do papa João Paulo VI. Claro que ele sabe que mesmo o leitor mediano, que conseguiu chegar até esse ponto, sequer notará que a opinião é do João e não do Francisco.
A cena está pronta. Doravante, tudo o que for escrito – até por força do título – será associado ao papa Francisco.
“Cada macaco no seu galho” poderia ser uma boa lição, também, para o colunista.
A imbecilidade pura está em: eu crio as regras e só admito ser julgado por quem tenha passado pelos exames de avaliação de conhecimentos das regras que eu criei, sendo eu mesmo o avaliador. O resto são “opiniões de um leigo no assunto”.
Leiam e vejam a imbecilidade no seu estado mais puro. Pérolas de um especialista…
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