cenários

Desconheço se já inventaram técnica de análise de cenários que não seja a que considera os três possíveis: o pior, o esperado e o melhor.

Da análise de cenários deriva a estratégia e o planos que serão utilizados para realizar o que se quer.

Em termos gerais, as pessoas são fracas no quesito análise. E sem culpa, pois receberam a educação escolar nos últimos 40 anos, basicamente uma educação despreocupada (quando não incentivada) com ensinar como se faz análise. Por decorrência, poucos sabem fazer síntese.

Não é a toa que as imagens (e as imagens com frases) fazem tanto sucesso nas redes sociais. Elas são a síntese pronta. Não requerem análise, tanto por parte de quem posta, quanto de quem simplesmente curte (a síntese suprema) ou compartilha.

É o mesmo caminho seguido pelas mídias: fornecer sínteses prontas. Na política, as sínteses fornecidas pela mídia oposicionista sempre apontam para o pior cenário. No caso das eleições de 2014, o pior cenário, para eles, é a reeleição da Dilma no 1º turno.

A estratégia, nesse caso, é dar um jeito de haver 2º turno. Os planos? (1) Atacar a Dilma e tudo quanto a ela esteja relacionado e (2) manobrar a imagem de algum dos possíveis candidatos a candidato ao 2º turno.

O primeiro plano tem lá seus problemas: há um risco muito grande de não ser possível atacar a Dilma a ponto de fazê-la não ganhar no 1º turno. Somente uma pouco provável “bomba” vinda diretamente da vida da Dilma seria capaz de desacreditá-la em alguma parcela da população. A vida da Dilma já foi cansativamente pesquisada. E a mídia já descobriu que não será por aí.

Também não será por razões do seu governo. Nem econômicas, nem dos integrantes. O plano de bater nos integrantes foi derrotado pela ação da própria Dilma: trocou uns ministros acusados e acabou por cansar os atacantes. As razões econômicas se perdem nos ridículos ataques dos “economistas” de plantão. “Economistas” de análises de um minuto nos telejornais. Nenhum, mas nenhum mesmo, publicou trabalho sério que pudesse ser levado em consideração como sendo um “análise”. Não passam de palpiteiros e achólogos. OK! Não são economistas, são “jornalistas”. E cumprem seu papel no plano. Mesmo porque, se não cumprirem, deixam de ser recurso para execução do plano.

Há um fator que agrava mais ainda o pior cenário para a oposição: dificilmente as pessoas mudam de opinião de uma hora para outra, a não ser com “bombas”. E, como visto, não parece que existam bombas sobre a Dilma e seu governo.

Assim que, resta aplicar os recursos no segundo plano: desenvolver um candidato a candidato ao 2º turno. E é aqui que qualquer pessoa, com um mínimo de capacidade analítica, percebe que esse plano também está fadado ao fracasso. E por quê?

Serra pensa ser o Lula, que tentou, tentou, até que chegou. Só que até os serristas sabem que ele não é e nunca será o Lula. Aécio pensava, no início de tudo, ser o FHC: um tucano de estirpe. Só demonstra, no entanto, que não faz jus à história política do avô. Até os aecistas sabem que ele não tem a estirpe de um FHC e menos ainda a moral política do avô.

Campos, coitado, é desses que estudou em escola que não ensinava a pensar. Teria tudo para ser o candidato à sucessão da Dilma em 2018. Agiu como criança assustada quando surge um coleguinha considerado mais apto para roubar a menina mais bonita da turma e que ele já considerava ser sua namoradinha. Fez o que toda criança faz: trocou os pés pelas mãos e entregou-a de bandeja para o Haddad.

Fez pior, juntou-se com a turminha dos fundos, a turma da bagunça: a turma da Rede. Todo mundo sabe que quem senta nos fundos é a turma da garganta: só quer fazer bagunça e perturbar a aula. E todos sabemos que basta um professor com pulso para colocá-los quietos nos seus devidos lugares.

Marina, Campos e a turminha dos fundos receberão, em 2014, o merecido castigo: ficarão sem recreio até que aprendam duas lições: analise de cenários e análise de riscos. Cenários políticos.

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoDesconheço se já inventaram técnica de análise de cenários que não seja a que considera os três possíveis: o pior, o esperado e o melhor. Da análise de cenários deriva a estratégia e o planos que serão utilizados para realizar o que se quer. Em termos gerais, as pessoas são fracas...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!