oposição

Ou, quem faz parte da oposição e o que querem?

A. Fazem parte da oposição:

1. mídia oligárquica;

2. candidatos de partidos que não estão no governo mas querem ser governo;

3. candidatos de partidos que abandonaram o governo mas querem ser governo;

4. candidatos de partidos que estão no governo mas querem ser governo por eles mesmos;

5. candidatos de partidos de esquerda, estando ou não no  governo mas que discordam do governo;

6. pessoas que, pelas mais diversas razões, se desiludiram com o PT e sua forma de fazer política e, por tabela, confundem governo com partido;

7. pessoas que acreditam piamente que o modelo neoliberal de administrar o país é realmente mais eficiente;

8. aqueles para os quais nada está bom e sempre reclamam, seja lá de que governo for (e são muitos, pois essa gente já nasceu de mal com a vida);

9. a turma do fundo, que só pensa em fazer bagunça, mas na hora da sabatina não sabe de nada;

10. e, finalmente, uma turma recente: os “odiadores do PT”.

B. O que querem:

1. A mídia, sabemos, quer vender. A mídia é mídia sob qualquer governo. Diferente do que possa parecer, a mídia não tem lado político. A mídia só tem o lado dela. Se os governos são bons com ela, ela é boa com os governos; caso contrário, jogam contra. E pesado, como temos visto nos últimos anos. E tem sido assim porque os dois últimos governos – apesar de não tanto quanto se esperava (e isso é um dos fatores que desiludiu muita gente do grupo 6) – tem colocado a mídia sob constante pressão no que diz respeito aos aspectos financeiros.

Tudo começou com Lula que resolveu mudar a matriz de investimentos em publicidade oficial, fazendo uma distribuição menos concentrada das verbas de publicidade. Não é por menos que recebeu, recentemente, um prêmio da Associação dos Diários do Interior do Brasil justamente por ter democratizado essa questão.

Apesar de ser a família bilionária mais rica do Brasil (segundo a última divulgação da Forbes), os donos das Organizações Globo não aceitam ser relegados a um plano que nunca tiveram, desde que foram alçados, pela ditadura civil-militar de 64, a “fazedores da cabeça dos brasileiros”.

Hoje ocupam a terceira posição, após a internet e ao grande golpe que foi a Lei de Transparência. Sim senhores, a transparência acabou com a possibilidade da mídia de mentir à vontade. Qualquer um pode entrar em qualquer site de qualquer governo e verificar o eles fazem realmente.

Os marinhos, pastores e camelôs perderam o poder de mentir. E isso os incomoda. Não é o dinheiro que lhes importa, é a posição. Tanto é assim, que paulatinamente vêm perdendo espaço no critério credibilidade e em número de “clientes”.

A segunda grande mudança dá-se no governo Dilma ao aprovar a Lei de Meios. Um tiro quase mortal na mídia oligárquica, pois garante a liberdade na internet, meio em que eles são praticamente “mais um em meio a tantos”.

A forma de guerra da mídia oligárquica? O terror. Mas não um terror de um tipo comum, mas um terror especializado, baseado na seletividade e na exceção.

O terror por seletividade se dá ao não divulgar o que de bom tem sido feito; o terror pela exceção (e esse é o mais perigoso, sem dúvida)  se dá de duas formas:

– pela generalização, criando a imagem de que situações pontuais são a regra e com isso pode facilmente associar tudo o que é de ruim ao governo. A mídia sabe que as pessoas são suscetíveis a esse tipo de apelo.  Exemplo claro disso é a corrupção. Que lê ou vê a mídia fica com certeza de que somos o país mais corrupto do mundo.

Ora, se somos o país mais corrupto do mundo, devemos assumir, então, que somos o povo mais corrupto do mundo. #sóquenão. Corruptos são apenas os políticos, dizem eles. E é justamente aí que o terror funciona e atinge os objetivos da mídia: deformar a cidadania. Fazer com que as pessoas desacreditem na política. E um povo que desacredita na política não participa, é um povo sem cidadania. É um povo facilmente manipulável. A mídia se ressente de não poder manipular o povo.

A corrupção não é endêmica, como vomita em nós cotidianamente a mídia. O que somos é um povo com a cultura da aceitação da burla como algo natural. É o tão conhecido “levar vantagem em tudo” e não respeitar nada. Mas isso nada tem a ver com corrupção e, sim, com educação.

E educação não tem a ver somente com governo, mas com as famílias e de onde elas bebem os conceitos de convivência que ensinarão aos filhos. E advinha qual tem sido uma fonte importante? Adivinhou!

Em um pais que tem uma mídia que divulga programas de grande audiência que são verdadeiras apologias aos comportamentos imorais, amorais e contrários a qualquer nível satisfatório de convivência social, não é de se admirar que a educação seja a da cultura da aceitação da burla. Mas educação é tema para outro post da série.

O mesmo acontece com as notícias sobre a saúde, a educação e a segurança.

A outra maneira de aplicar o terror de exceção é salientando as coisas boas com um viés negativo, ou tipo “deveria ser melhor”. Exemplo: o Brasil teve o maior crescimento do PIB entre as nações do mundo em 2013. Notícia? Pibinho. Outro: dezesseis milhões de empregos foram criados, mas a notícia diz que ainda existe um milhão de desempregados. Outro: a inflação está sob controle (gostem ou não), mas a notícia diz que o governo perdeu o controle da inflação ou que ela cresceu 0,01%, o que é sinal do fracasso da política econômica.

São inúmeros os exemplos da atuação terrorista da mídia com a técnica da exceção. Por sorte, ou melhor, por inteligência, os agentes econômicos não tomam decisões lendo jornais ou assistindo televisão. E eles sabem bem que o pais vai bem. Inclusive os agentes internacionais, que seguem investindo no Brasil.

Sem dúvida e infelizmente, a mídia ainda é a pior espécie de oposição, pois ainda consegue “fazer a cabeça” de muita gente. E como isso é um post e não um livro, encerro por aqui.

(continua…)

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoOu, quem faz parte da oposição e o que querem? A. Fazem parte da oposição: 1. mídia oligárquica; 2. candidatos de partidos que não estão no governo mas querem ser governo; 3. candidatos de partidos que abandonaram o governo mas querem ser governo; 4. candidatos de partidos que estão no governo mas querem ser governo...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!