A cidade como local do exercício pleno da dignidade humana – trabalho
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O ausência de trabalho – o desemprego – é o segundo fator de eliminação da dignidade humana. A falta da possibilidade de sustento degrada uma pessoa. E da pior forma possível: perante a família. Uma pessoa, homem ou mulher, que não possa sustentar minimamente seus filhos se torna um pária, uma pessoa desprezível, marginalizada da sociedade.
Olhar para os filhos famintos e dizer: não tenho como comprar comida, reduz qualquer ser humano ao limite da desintegração moral, espiritual e psicológica.
E o que a ideologia mandante em Porto Alegre faz para gerar empregos? Vende a cidade para uma indústria que ocupa o quinto lugar dentre os setores da economia que mais empregam. E alardeia que seus projetos geram empregos.
Porto Alegre tem uma taxa de desemprego de 7% (aqui). Interessante notar a relação direta entre níveis de desemprego e escolaridade: “No recorte por escolaridade, a taxa de desocupação para as pessoas com Ensino Fundamental completo (8,4,%) e Ensino Médio incompleto (8,3%) foram maiores que as taxas dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com Nível Superior incompleto, a taxa foi de 5,6%, o dobro da verificada para o Nível Superior completo (2,8%)” (aqui).
É o círculo vicioso dos pilares: falta de alimentação significa menor possibilidade de aquisição de educação; menos educação significa maiores dificuldades de encontar emprego.
Por falta de políticas eficazes, grande parcela da população recebe uma marca na testa ao nascer: pária. Uma marca que carregará para o resto de uma vida sem respeito e consideração pela dignidade que possui.
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