Palavra do Dia: #43/2023 – Afronta
XLIII – I – III EL
Quadragésimo Terceiro Dia do Primeiro Ano da Terceira Era Lula
Afronta. Refúgio do Lago e a afronta à inteligência Coletiva.
Não se pode admitir que em plena segunda década do século XXI, em plena era da comunicação instantânea e em um mundo em que todo, ou praticamente todo conhecimento está ao alcance de todos, uma empresa alegue desconhecer o básico da legislação ambiental, ainda mais quando essa empresa está localizada em um parque urbano com as dimensões do Parque Farroupilha, a Redenção.É também inadmissível que uma empresa especializada em remoção/eliminação de pragas também desconheça a legislação e faça a caça a animais silvestres que ali habitam, tudo a título de remoção/eliminação de pragas.Flagrados, o Refúgio do Lago alegou que a empresa possuía licença para o ato. Mais, diante de manifestação da vereadora Karen Santos, em seu Instagram, a empresa registrou comentário alegando que:
Atenta, de forma absolutamente agressiva, contra a inteligência não só coletiva, mas de todos os membros do Coletivo Preserva Redenção que lá estiveram.
Se por esses acasos da vida – companheira que passava no local no momento da montagem das gaiolas – não tivessem sido flagrados o que teria acontecido? Os gambás teriam sido removidos não “para o lado de fora do complexo”, mas, e conforme dito e grvado pelo gerente, teriam sido levados para uma chácara de propriedade do dono da empresa contratada.
A “intenção foi proteção”? Ofende repetidamente a inteligência de todos. Dito, a exaustão, pelo gerente, que a intenção era proteger os estoques de comida, pois os gambás “invadiam” o local para vasculhar lixo e alimentos que estivessem mal armazenados.
Cancelaram assim que foram alertados? Mentira! Tão somente, por acordo com o Coletivo Preserva Redenção, suspenderam a operação. Não houve cancelamento, o que houve foi a notificação da SMAMUS:
Os gambás estavam em risco por causa de “cães sem guia”? A hipocrisia, para não usar palavra mais carcterística do caráter dos proprietários, é tanta, mas tanta, que dizem fazer campanhas de doação e arrecadação de ração para animais. Ora, dizem existir cães sem guia e adotaram um gato. Spike, o cão do desenho animado “Tom e Jerry” ficaria ruborizado: cães que perseguem gambás mas não perseguem gatos.
Não somos adolescentes aprendendo como se faz ativismo, senhores. O Coletivo Preserva Redenção é formado majoritariamente por pessoas com currículo de vida. Pessoas com muita experiência em lidar com gente que pensa que enganar com palavras bonitas em jornais ou comentários em redese sociais resolve tudo.
Sabemos que se não ficarmos “de olho”, exercendo nosso direito de fiscalizar, como cidadãos, as ações de quem sabemos só se interessar pelo lucro dos seus negócios, em breve não será apenas os gambás a desaparecerem da Redenção.
E se isso acontece com um pequeno empreendimento, bem sabemos o que vai acontecer se o inescupoloso projeto do prefeito Sebastião Melo de conceder toda a Redenção para a inciativa privada for adiante: não sobrará fauna e flora para contar para as futuras gerações que ali um dia existiu um campo de mais de 215 anos, transformado em parque há quase 90 anos.
Poupem-nos e poupem a inteligência da coletividade porto-alegrense.
Estamos “de olho”. Não substimem e menos ainda ofendam a nossa inteligência!
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