A Revolução Farroupilha e os modernos “politicamente corretos”
Devo, de pronto, anunciar que não sou historiador e, mesmo como amador, sequer fiz “pesquisas” além da leitura de livros sobre a história da Revolução Farroupilha. Minha única ligação com tudo isso é o fato de ser descendente do autor da primeira letra do Hino Riograndense, Serafim Joaquim de Alencastre, meu trisavô. Recente, portanto, em termos históricos.
Não falo, também, pelos meus irmãos e primas, últimos descendentes vivos do farrapo. Como tudo, nesse blog, trata-se da minha opinião. Mais nada.
É natural que de tempos em tempos haja uma revisão da história. História é cultura. Logo, fortemente influenciada pelo contexto. E vivemos tempos de um contexto em que predomina o politicamente correto. Correto para o contexto, claro.
E, no contexto atual, há por bem minimizar dez anos em fatos que até pouco tempo eram ignorados. Os críticos da Revolução Farroupilha quase que se resumem à crítica do episódio Porongos, onde os “lanceiros negros” foram entregues ao sacrifício.
Apontam que líderes revolucionários não eram republicanos e que possuíam escravos e que, por isso mesmo, a revolução não passou de um engodo. Coisa de ricos defendendo o seu.
OK, vamos acabar, também, com a mitologia greco-romana. E, por tabela, queimemos a Bíblia.
Contexto. Puro contexto.
Melhor, acabemos de vez com a cultura dos povos. Seus mitos, suas lendas, os motivos – criados ou não – de orgulho de serem o que são e como são.
Comparam, os politicamente corretos, a Revolução Farroupilha com outras acontecidas no Brasil como se essas outras fossem paradigmas de como devem ser as revoluções.
Nada mais triste, pois o Brasil é um país multicultural.
A cultura de um povo torna-se a verdade desse povo não porque assim o quer a história e os historiadores, mas porque assim o quer o povo.
https://www.escosteguy.net/a-revolucao-farroupilha-e-os-modernos-politicamente-corretos/O ChatoDevo, de pronto, anunciar que não sou historiador e, mesmo como amador, sequer fiz 'pesquisas' além da leitura de livros sobre a história da Revolução Farroupilha. Minha única ligação com tudo isso é o fato de ser descendente do autor da primeira letra do Hino Riograndense, Serafim Joaquim de...Luiz Afonso Alencastre Escosteguy [email protected]AdministratorEscosteguy