“Um dos Anjos das setes taças veio dizer-me: ‘Vem! Vou mostrar-te o julgamento da grande Prostituta que está sentada à beira das águas copiosas.'” (Ap 17:1)

Eliane Cantanhêde é copiosa nos seus posts. É abundande em expressões vazias e exageradas. Recurso que seus leitores devem adorar. Mas também, é só isso. Conteúdo, que seria bom, neca! Senão vejamos o que diz hoje, na Folha, sob o título “Rose”:

Enquanto José Dirceu atiçava a militância do PT para ir “às ruas” defender os condenados do mensalão, a Polícia Federal prendia no escritório da Presidência da República em São Paulo a super Rose, que trabalhou com Dirceu por 12 anos, assessorou o presidente Lula e está metida até a alma em histórias do arco da velha.

É estranho, assustador, como o tempo vem revelando o que estava por trás daquela equipe tão dedicada, meio heroica, que assessorava Dirceu nas CPIs contra Collor e nas alianças com o Ministério Público e a imprensa e nos vazamentos de estatais contra adversários, quaisquer que fossem.

Erenice Guerra se enrolou com tráfico de influência na Casa Civil e deu no que deu. Valdomiro Diniz foi filmado pedindo propina para o bicheiro Carlinhos Cachoeira e virou uma alma penada na vida de Dirceu. Agora essa Rosemary Noronha, cheia de mistérios e de poder.

Secretária, não era uma simples mequetrefe. Promovida a chefe de gabinete, tinha lugar cativo nas viagens de Lula, cobrava plásticas, pacotes em cruzeiros e dinheiro em espécie para dar uma mãozinha em processos. Investia-se -ou era investida- de inexplicável poder.

Como é que uma secretária, ou assistente, ou chefe de gabinete nomeia diretores da ANA, a agência de águas, e da Anac, de aviação civil? Como exige que o Senado aprove alguém rejeitado em duas votações? E será que é mera coincidência justamente esses dois diretores serem presos agora com Rose?

Outro “detalhe” é o emblemático escritório da Presidência da República em São Paulo, onde o ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma se reúnem com Antonio Palocci, demitido no governo de um e depois no da outra por histórias nunca muito bem explicadas.

Em todo esse enredo, aplausos para a independência da Polícia Federal e do Ministério da Justiça. Que continuem revelando ao país quem é quem, “duela a quem duela”.

Atiçar. Primeira pérola jogadas aos porcos. Conclamar, chamar os seus para uma luta, vira, na nos dedos da jornalista, atiçar. Rose virou “super”. A até então ignorada chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, de uma hora para outra vira super. Mal intencionada, como se vê no restante do texto, a colocação do adjetivo logo no início do texto.

O “tempo” nada revela, minha cara. Quem revela são vocês, os bons jornalistas, e a Polícia. De resto, também é assustador, mas não estranho, que outras revelações não sejam denunciadas pelo PIG.

A segunda pérola: “Erenice Guerra se enrolou com o tráfico de influência na Casa Civil e deu no que deu.” Bem sabe a Eliane que não deu em nada. Teu patrão, minha cara, já noticiou fartamente o arquivamento do Inquérito Policial. A colocação foi MALDOSA. Além de preparada para a escapada de alguma acusação: “deu no que deu” serve pra tudo. Fraco, muito fraco. Qualquer mané como eu pega essa! Mas admita que foi muito mal intencionada.

Os porcos refestelam-se com o quarto parágrafo. De uma jornalista ilustrada não se pode esperar outra intenção que não a má intenção ao dizer que Rose “nomeia”. Seja lá quem for. E mais, “exige que o Senado aprove…” ultrapassa todos os limites, né, minha cara? Juro que até hoje não entendo essa necessidade que os jornalistas têm de usar palavras erradas para reforçar suas más intenções…

Por fim, desde quando o escritório da Presidência em São Paulo é “emblemático”? Agora virou, né? Sim, não notei as aspas em “detalhe”. Como se diz, de somenos importância. Só que não. Aspas em detalhes fazem dele algo muito importante. Tão importante que serve para sustentar mentira dita ao final. Dilma, Lula e Palocci se reunem lá todos os dias? Uma vez por semana? Uma por mês? É sabido por todos, inclusive pelo teu patrão, minha cara, que Dilma lá esteve em raras oportunidades. MAs teu recurso às frases soltas fazem parecer que o escritório nada mais é que a caverna do Ali Babá. Que, com certeza, é isso que deves pensar do ex-presidente Lula.

E como não poderia deixar de ser, para um “bom” texto, termina elogiando quem daqui a pouco estará criticando. Ou melhor, já criticou. E banca a isenta ao dizer “duela a quem duela”. Sério mesmo? E se doer no teu colega Policarpo? E se doer em tantos outris que certamente aparecerão como cumplices em crimes, todos escondidos sob o sagrado manto do “sigilo da fonte”?

Vejamos. Enquanto isso, fraquinho o texto. Vai treinando e vê se melhora…

 

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyBrasil Sem PIGEliane Cantanhêde'Um dos Anjos das setes taças veio dizer-me: 'Vem! Vou mostrar-te o julgamento da grande Prostituta que está sentada à beira das águas copiosas.'' (Ap 17:1) Eliane Cantanhêde é copiosa nos seus posts. É abundande em expressões vazias e exageradas. Recurso que seus leitores devem adorar. Mas também, é só...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!