HINO RIO GRANDENSE: uma breve história.
Amigos presenciais ou virtuais, vez por outra reclamam do meu “patriotismo gaúcho”. Normalmente no mês de setembro, quando comemoramos nossa data magna.
Talvez nem todos saibam, mas eu, meus irmãos e irmã, e minhas duas primas, somos “CIDADÃOS DA REPÚBLICA RIO GRANDENSE” por ato oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. E por quê?
Por sermos os únicos descendentes diretos de Serafim Joaquim de Alencastre. E quem foi Serafim Joaquim de Alencastre, hoje nome de rua em Porto Alegre?
Em 30 de abril de 1838, os revolucionários farroupilhas tomam a Vila de Rio Pardo e aprisionam o 2º Batalhão do Exército Imperial. Junto, a banda de música com seu maestro, o compositor mineiro Joaquim José de Mendanha. “Convencido” (um parêntesis: imagine-se a cena de um imperial, preso, sendo convencido a compor uma música em homenagem aos vencedores) a compor um “hino”, Dizem que Mendanha, em função das circunstâncias, teria “plagiado” uma valsa de Strauss.
O Capitão Serafim Joaquim de Alencastre, metido a poeta que era, resolveu escrever uma letra para a música recém criada. NASCEU, NESSA NOITE, O HINO RIO GRANDENSE.
Naquela época não havia internet para divulgar o hino e sua letra. Alguns anos depois surge uma segunda letra para a mesma música. Essa, divulgada pelo jornal O POVO, considerado um veículo oficial da novel República.
Outros anos mais, e surge a letra de Chiquinho da Vovó, fazendo com que o Rio Grande do Sul tivesse três letras para seu hino. A questão só foi resolvida 100 anos após, quando da comemoração do centenário da Revolução Farroupilha. Para as comemorações, o governo queria que existisse apenas um hino. Uma comissão de notáveis foi nomeada para escolher qual das três letras seria a oficial.
A comissão optou pela letra de Chiquinho da Vovó que se aproveitou de versos escritos por Serafim Joaquim de Alencastre. Mais tarde, em 1966, pela Lei 5.212 de 5 de janeiro, o governo imposto pela ditadura militar oficializou os símbolos do Estado. Aproveitou para cortar versos escritos por Serafim. E hoje é a letra atual do HINO RIO GRANDENSE.
A história não é história somente quando arqueólogos a encontram. É também a tradição oral transmitida por todos quantos participam ou descendem.
Talvez sejamos, dentre os brasileiros, os únicos que cantam seu hino em qualquer oportunidade. Em jogos de futebol, em abertura de eventos, na rua…
E por que logo eu não poderia sentir orgulho do meu tataravô? E por que logo eu não poderia preservar a memória de um homem que foi Ministro da Guerra da República Rio Grandense?
Revise-se a Revolução Farroupilha. Interprete-se à luz do politicamente correto. Mas a honra que carrego no peito, cada vez que escuto o hino e lembro que Serafim Joaquim de Alencastre escreveu a primeira letra, essa revisionismo algum há de tirar.
https://www.escosteguy.net/hino-rio-grandense-uma-breve-historia/FarraposO ChatoUncategorizedAmigos presenciais ou virtuais, vez por outra reclamam do meu 'patriotismo gaúcho'. Normalmente no mês de setembro, quando comemoramos nossa data magna. Talvez nem todos saibam, mas eu, meus irmãos e irmã, e minhas duas primas, somos 'CIDADÃOS DA REPÚBLICA RIO GRANDENSE' por ato oficial do Governo do Estado do Rio...Luiz Afonso Alencastre Escosteguy [email protected]AdministratorEscosteguy