equilíbrio

Esse post foi originalmente publicado no blog Pimenta Bahiana, onde começo a escrever também,

Não sei de onde o Antônio tirou a ideia de que eu poderia fazer parte de um time de escritores para o blog que ele acaba de “fundar”. Isso sem considerar que alguém como eu, apenas um falador pelos cotovelos, possa ser considerado um escritor.

Lá no fundo, até faço uma ideia. É que, em meio às cotidianas visões que temos da vida política e social do Brasil, que inevitavelmente parecem colocar a todos em “campos opostos”, sobressai uma necessidade que comungamos, eu e ele: somos ou não somos capazes de “pensar o Brasil” acima das paixões ideológicas ou político-partidárias?

Alguém poderia contrapor dizendo que somos tantos brasis quantos sejamos os atuais 200 milhões de brasileiros. Ledo engano!  Temos uma identidade, mesmo que perdida em algum rincão entre o Oiapoque e o Chuí. Renomados sociólogos se debruçaram sobre essa questão, cada qual apontando suas razões para explicar o Brasil e a sociedade brasileira.

O Brasil nunca foi uma nação estável. E sempre foi, também, uma nação de elites. Capitanias, Colônia, Vice-Reino, Império, República, desde sempre somos repartidos, como despojos, pela elite. A elite que não está de acordo vai lá e derruba a elite que governa.

D. Pedro I deu um golpe no pai. D. Pedro II foi golpeado pelos militares. Getúlio deu seu golpe. Deram um golpe em Getúlio, que se matou. Os militares deram o golpe de 64. A Globo deu um golpe para colocar Collor no governo. E nada mais instrutivo do que ser a palavra golpe a mais utilizada nos últimos anos. A esquerda acusa a direita de, junto com a mídia, querer dar um golpe. A direita acusa a esquerda de já ter dado um golpe e de, com isso, querer se perpetuar no poder.

Essa é a história do Brasil: de golpe em golpe, la nave vá! E, de golpe em golpe, até hoje não fomos capazes de construir uma nação.

A questão é: não somos capazes de outra coisa a não ser dar golpes?

Brasileiro, como bom torcedor de futebol que é, não sabe perder, não sabe “virar” minoria. Logo pensa em golpe, no tapetão, no canhão.

É hora de sentar e conversar. É hora de compreender que há coisas acima disso tudo e que são boas para todos. Se os políticos que escolhemos não querem entender isso, só temos um caminho: entendermos nós mesmos e decidir o que queremos. A escolha dos políticos será bem mais fácil…

Sabem que nome se dá a isso? Cidadania.

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyCidadaniaO ChatoPolíticaUncategorizedEsse post foi originalmente publicado no blog Pimenta Bahiana, onde começo a escrever também, Não sei de onde o Antônio tirou a ideia de que eu poderia fazer parte de um time de escritores para o blog que ele acaba de “fundar”. Isso sem considerar que alguém como eu, apenas...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!