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Recordando uma das cenas mais explicativas da chamada “evolução”: o primata, em “2001, Uma Odisséia no Espaço”, descobre a primeira ferramenta para estender o poder e a violência. Ao som de Strauss, o osso evolui: de uma “primitiva” ferramenta, transforma-se em moderna tecnologia.

Humanos fizeram evoluir a técnica e seus usos, a tecnologia, mas não evoluíram na mesma medida. Dá-se a separação entre os experientes na técnica e os experientes na tecnologia. Quatro milhões de anos mostram que os segundos venceram.

Os técnicos desenvolveram as regras. A ética, a moral, o direito, todo um conjunto de normas que regulam a necessária sociedade. Os especialistas em tecnologia dedicam-se ao desenvolvimento das infinitas formas de utilizar essas normas.

Uma das mais interessantes tecnologias desenvolvidas por esses especialistas é o que chamo de “Princípio do Primeiro Conveniente”.

Tomando como hipótese válida a existência de Deus, poderíamos dizer que ele definiu o definiu. Basta ler a “sua palavra”, na Bíblia. Newton, milhares de anos após, tentou desacreditar Deus, com a sua primeira lei. Para Newton não havia conveniência na natureza: “a toda ação corresponde uma reação…” Newton criou o “Primeiro Inconveniente”.

Os defensores do “Primeiro Princípio do Conveniente” guardaram as armas. Não havia, na época, e por mais alguns séculos, forma de contestar o determinismo do inconveniente.

Mas eis que o criador se faz manifestar e cria o “Princípio do Segundo Conveniente”, o princípio do “Tudo é relativo”. Como não é bobo para assumir a culpa de tudo que faz, jogou na boca do Einstein a autoria. Mas achou que era pouco. Precisava de outro princípio para solidificar sua criação, a Conveniência. Criou o “Princípio da Terceira Conveniência”. E mandou que Heisenberg assumisse a culpa por dizer chamá-lo de “Princípio da Incerteza”.

Perfeito, como convém a tudo que Deus faz. Se tudo é relativo, tudo é incerto. Logo, qualquer coisa é conveniente. Fecho de ouro!

E quando repetem por aí, que “Deus é brasileiro” (apesar do Papa ser argentino), viro crente! Não há povo que mais obedeça cegamente as “Três Leis da Conveniência” do que nós.

O Brasil tem sido discutido conforme as conveniências. É conveniente até discutir sobre Black Blocs e sobre polícia militar; sobre Belo Monte e sobre Libra; sobre Bolsa Família e sobre capital. Vejo gente defendendo Belo Monte e sendo contra Libra. E vice-versa.

Esquecemos as normas. Esquecemos o tamanho da nossa grandeza. Não somos tão relativos ou incertos quanto o universo ou os átomos. Somos humanos.

A toda falta de ação corresponde uma reação de mesma intensidade. Porém, em sentido contrário…

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO ChatoRecordando uma das cenas mais explicativas da chamada 'evolução': o primata, em '2001, Uma Odisséia no Espaço', descobre a primeira ferramenta para estender o poder e a violência. Ao som de Strauss, o osso evolui: de uma 'primitiva' ferramenta, transforma-se em moderna tecnologia. Humanos fizeram evoluir a técnica e seus...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!