31 de agosto e o Livro da Vergonha da Pátria
Em 31 de agosto de 2016 o Congresso Nacional afastou, definitivamente, a presidenta Dilma da chefia do Poder Executivo. Sete anos.
Impeachment é um ato estritamente político, amparado por um rito jurídico. Não há necessidade de que fique demonstrado que a autoridade cometeu algum crime previsto na legislação.
As três pessoas da imagem foram os autores do pedido de impeachment. O que, por si só, poderia não signficar nada além de mais um dos tantos havidos. E com base em elementos suficientes para desencadear, tão somente, o ato político. E, uma vez iniciado, pouco importa a verdade dos fatos. Importa, como se viu em 2016, que a elite de direita brasileira queria acabar com os governos de esquerda, no caso, os do PT.
Ujm parêntesis: à época, não poderiam ainda imaginar o que viria depois, em 2018. Mas, diga-se de passagem, até que acabaram gostando e colocando no trono a maior excrescência produzida em toda a história do Brasil.
O sistema político brasileiro atribui a somente uma pessoa o poder de aceitar ou não os pedidos de impeachment. O que já é uma prova mais que cabal de que o ato todo é meramente político. Aproveitando-se do momento político e econômico, que não era favorável a então presidenta Dilma, o presidente da Câmara dos Deputados, por motivos pessoais, resolveu levar adiante o processo, sabedor que era que seria aprovado.
Os fatos? Mais valiam as versões do fato. Desde o início estava claro, para muitos, que Dilma seria afastada definitivamente da Presidência. O circo foi minuciosamente armado. Até nome o circo recebeu: “pedaladas fiscais”.
Quando por versões meramente políticas um chefe de um poder executivo é afastado, damos a isso o nome de GOLPE.
E hoje, pela segunda vez, está confirmado que houve um GOLPE em 2016. O TRF1 confirmou o arquivamento da ação, em recurso movido pelo MPF contra a decisão de 1º grau que havia determinado o arquivamento. Lembremos que o próprio Senado Federal já havia demonstrado que o governo Dilma não havia praticado as tais pedaladas, isso ainda em 2016 (aqui).
Trinta e um de agosto de 2023. Sete anos que essa gente afundou o Brasil no que a história registrará como tendo sido o Período das Trevas (2016 – 2022).
Tivemos o período colonial, o período do império, da republica velha, das ditaduras, até chegarmos no Período das Trevas.
Os três da imagem, somados ao então presidente da Câmara de Deputados, deveriam ser inscritos no Livro da Vergonha da Pátria, que, diferente do Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, deverá guardar para a eternidade os piores brasileiros já nascidos nesta terra onde se plantando tudo dá.
E, claro, o rei de todos, Bolsonaro!
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