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2014 termina com um caso que, ao que tudo indica, se estenderá por muito tempo, em 2015: o caso Idelber.

Evitei até agora em falar sobre o caso. Primeiro, porque o próprio Idelber não havia se manifestado. Era importante, para mim, antes de mais nada, ouvir o que ele tinha a dizer sobre as acusações.

Segundo, porque conheço o Idelber – virtualmente – há dez anos, desde os tempos em que participávamos de um grupo chamado “Blogleft”. Meu blog já constou na lista dos blogs que ele recomendava a leitura.

Quem quiser ler mais opiniões sobre o caso, leia Maria Frô, que faz uma relação de inúmeras pessoas (com links) que se posicionaram sobre o assunto. Há, também, claro, o Tumblr das denúncias anônimas (aqui)

Pois bem, Idelber já se manifestou em seu blog, o que já me autoriza a colocar o que penso.

Antes, é bom deixar claro que tenho certas reservas com relação ao Idelber, resultado de situações ocorridas no blogleft e, posteriormente, em decorrência do contato que tínhamos via blogs. Isso levou a um natural afastamento, a ponto de meu blog não constar mais como referência no blog dele. E o dele não mais no meu.

Quando ele veio à Porto Alegre e se hospedou na casa do Milton Ribeiro (que fazia parte do grupo), tenho certeza que não fui convidado para o convívio pessoal em função dessas questões. Recordo que poucos dias antes estive em um jantar na casa do Milton e comentei sobre os fatos. A menos que esteja enganado, percebi que ali se fechara a porta.

Fora essas situações de natureza absolutamente pessoal, nada tenho contra o Idelber.

De todas as questões analisadas e de todos os posicionamentos contrários ou explicativos ao fato, resta, a meu ver, uma pergunta que ainda não vi (com certeza não deve ter visto tudo):

o que motivou as mulheres a denunciarem publicamente o Idelber?

É a autora anônima quem dá as pistas:

“Não exclui, pois ainda assim não entendi o objetivo da conversa e respeitava a pessoa.

Uma noite ele voltou pra conversar novamente e começou a falar sobre adorar as mulheres brasileiras que eu era linda, falar sobre as brasileiras gostosas. Como eu ñ respondi o que ele queria, começou a dizer que estava pensando em mim e PÁ foto do pau.

Na hora levei na “esportiva” respondi em tom de brincadeira, ele começou a brincar comigo, puxar conversa, chamar atenção, como se estivesse mesmo interessado. Ele é um cara interessante, inteligente e bom de papo, quando você percebe já está acostumada a bater papo com ele diariamente chamando sua atenção, dizendo que quer muito te encontrar. Inventou essa história de fazer mapa astral falava sobre as maravilhas do amor livre, sobre como é bom ser livre independente e dar pra quem quiser. “Confia em mim gata, você me conhece, você sabe quem eu sou.” Começa a pedir fotos suas e etc. Me senti  lisonjeada mesmo achando que AQUELE CARA LEGAL estava atrás de mim, logo de mim…” (aqui)

Em seguida coloca: “Sim, eu dei corda, eu deixei, a culpa foi minha, isso mesmo, pode dizer.”

Todos temos coisas para contar, caso um dia sejamos contrariados. Todos guardamos dossiês sobre algo importante.

E por que não publicamos? Pela simples razão de que enquanto a situação nos favorece, não há razão para publicá-los.

Sofremos de uma moral hipócrita. Uma moral que só nos faz agir quando prejudicados.

Eis a questão! Eis o que deveria ser investigado e não é, porque as pessoas preferem julgar e rotular condutas particulares.

Mais: quem, como eu, convive com a internet há mais de 10 anos, sabe bem como as coisas funcionam e sempre funcionaram. E por uma simples razão: ninguém, mas absolutamente ninguém mesmo, é diferente na internet daquilo que é ao vivo e a cores no particular.

O que não podemos mais ser é engenheiros de obras prontas.

Uma última pergunta: são somente mulheres que sofrem com isso? Eu já fui “assediado” e já recebi fotos de bucetas. O Idelber mostrou o pau?

Enfim, cada um mostra o que tem…

Resta, para 2014, mais uma para ser guardada nas efemérides: o ano em que a hipocrisia da moral resolveu vir a público!

Luiz Afonso Alencastre EscosteguyO Chato2014 termina com um caso que, ao que tudo indica, se estenderá por muito tempo, em 2015: o caso Idelber. Evitei até agora em falar sobre o caso. Primeiro, porque o próprio Idelber não havia se manifestado. Era importante, para mim, antes de mais nada, ouvir o que ele tinha...Antes de falar, pense! Antes de pensar, leia!